Foi uma loucura de viagem! Nada programado, nada ao certo,
mas fomos nós. Era para ser uma ida à Valença, Minas Gerais e umas ficadas em
Ibitipoca, também em MG. A primeira missão foi bem sucedida, a segunda nem
tanto. É que quando chegamos em Ibitipoca, onde o mais gostoso é poder entrar e
se aventurar no parque florestal da cidade, ele tinha acabado de ter a lotação máxima (1200
pessoas! Choquem!) e ficamos de fora.
Depois de muito mimimi e muitas perguntas do que fazer,
perdidos e sem rumo algum, nos recomendaram há quase 30 quilômetros dali a
Cachoeira do Arco-Íris. Sem acreditar muito, fomos, na verdade, não tínhamos muito
a perder, era o famoso ‘ estamos na chuva, vamos nos molhar’.
Entre ruas estreitas e esburacadas, vacas tomando o sol da
tarde e descansando do almoço, um sobe e desce danado, finalmente avistamos uma paisagem que mais parecia ser uma miragem: a cachoeira mais linda que eu já tinha
visto em toda a minha experiência ‘cachoeirística’ (confesso não ser muita! Risos). De longe, era um véu de noiva encantador e o barulho tão suave quanto
aquelas fontes de água relaxantes, sabe?
Andamos mais um pouco, as cachoeiras ficavam em um espaço
verde, com um chalé e uma casa onde funcionava um bar/restaurante, e adivinhem
só: era também um acampamento. Ficamos deslumbrados com tanta natureza, tanta
coisa linda, a cachoeira muito perto da gente e aquela paisagem de tirar o
fôlego, que logo nos animamos a dormir por ali.
Animação à parte, existia somente um problema: não tínhamos barraca,
nem cobertor, nem colchão, nem travesseiro, NADA! Tínhamos uma vontade mais que
enorme de topar qualquer perrengue só para não ter que ir embora daquele paraíso.
Mas eu acho que as vibrações foram tão positivas, mas tão
positivas, que um casal de anjos aventureiros , cheios de historias, nos
emprestaram um lar. Sim, foi quase assim que me senti, acolhida como se ali
fosse o meu lar de verdade, não vou dizer que estava quentinho e super confortável, mas na altura campeonato, quem liga?
Entre uma cachaça e outra, uma música e outra, nos vimos
ali, em um céu estrelado, uma cachoeira que auto se iluminava e uma serenidade
na alma de não ter como explicar. Só criei coragem agora.
É impressionante poder andar sem rumo, sem destino e
descobrir as maravilhas que a vida tem a nos oferecer e dizer: ‘agora chega de
reclamar e aproveita essas pequenas coisas que Deus te proporcionou, que a natureza
te trouxe. Relaxa nega, você não veio à toa’.
E essa foi uma das minhas melhores experiências. Obrigada a
todos os envolvidos.
Para quem quiser saber mais, o camping custa 15 reais e a entrada na área, que é preservada, 10 reais. Ou pode entrar aqui !
Boa viagem!
Para quem quiser saber mais, o camping custa 15 reais e a entrada na área, que é preservada, 10 reais. Ou pode entrar aqui !
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