domingo, 3 de maio de 2015

Coisas que só acredito vendo: Cachoeira do Arco-íris, MG.

Foi uma loucura de viagem! Nada programado, nada ao certo, mas fomos nós. Era para ser uma ida à Valença, Minas Gerais e umas ficadas em Ibitipoca, também em MG. A primeira missão foi bem sucedida, a segunda nem tanto. É que quando chegamos em Ibitipoca, onde o mais gostoso é poder entrar e se aventurar no parque florestal da cidade, ele tinha acabado de ter a lotação máxima (1200 pessoas! Choquem!) e ficamos de fora.

Depois de muito mimimi e muitas perguntas do que fazer, perdidos e sem rumo algum, nos recomendaram há quase 30 quilômetros dali a Cachoeira do Arco-Íris. Sem acreditar muito, fomos, na verdade, não tínhamos muito a perder, era o famoso ‘ estamos na chuva, vamos nos molhar’.

Entre ruas estreitas e esburacadas, vacas tomando o sol da tarde e descansando do almoço, um sobe e desce danado, finalmente avistamos uma paisagem que mais parecia ser uma miragem: a cachoeira mais linda que eu já tinha visto em toda a minha experiência ‘cachoeirística’ (confesso não ser muita! Risos). De longe, era um véu de noiva encantador e o barulho tão suave quanto aquelas fontes de água relaxantes, sabe?

Andamos mais um pouco, as cachoeiras ficavam em um espaço verde, com um chalé e uma casa onde funcionava um bar/restaurante, e adivinhem só: era também um acampamento. Ficamos deslumbrados com tanta natureza, tanta coisa linda, a cachoeira muito perto da gente e aquela paisagem de tirar o fôlego, que logo nos animamos a dormir por ali.


Animação à parte, existia somente um problema: não tínhamos barraca, nem cobertor, nem colchão, nem travesseiro, NADA! Tínhamos uma vontade mais que enorme de topar qualquer perrengue só para não ter que ir embora daquele paraíso.

Mas eu acho que as vibrações foram tão positivas, mas tão positivas, que um casal de anjos aventureiros , cheios de historias, nos emprestaram um lar. Sim, foi quase assim que me senti, acolhida como se ali fosse o meu lar de verdade, não vou dizer que estava quentinho e super confortável, mas na altura campeonato, quem liga?



Entre uma cachaça e outra, uma música e outra, nos vimos ali, em um céu estrelado, uma cachoeira que auto se iluminava e uma serenidade na alma de não ter como explicar. Só criei coragem agora.



É impressionante poder andar sem rumo, sem destino e descobrir as maravilhas que a vida tem a nos oferecer e dizer: ‘agora chega de reclamar e aproveita essas pequenas coisas que Deus te proporcionou, que a natureza te trouxe. Relaxa nega, você não veio à toa’.

E essa foi uma das minhas melhores experiências. Obrigada a todos os envolvidos.

Para quem quiser saber mais, o camping custa 15 reais e a entrada na área, que é preservada, 10 reais. Ou pode entrar aqui !

Boa viagem!


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